Médica da AMP relata experiência vivida no Amazonas

Da assessoria/AMP – A Dra Patrícia Mates, médica CRM-PR 25.250, pós-graduada em Dermatologia e Clínica Cirúrgica e Pós-Graduada em Medicina Estética, está associada há pouco mais de um ano na Associação Médica do Paraná (AMP), regional de Francisco Beltrão.
Conheça um pouco de sua trajetória pessoal e profissional!

  • Onde a Dra nasceu?
    Em Francisco Beltrão, em 1979. Sou filha de pais gaúchos, logo após meu nascimento fomos para Apuí, pequena cidade do Amazonas (AM), onde cresci e estudei em escolas estaduais. Na sequência fui para Manaus estudar. Em 1998 surgiu uma oportunidade para fazer medicina em Cuba. Abracei essa chance e me formei em 2004. Passei pelo processo de revalidação na Universidade Federal do Ceará e na Federal de Porto Alegre.
  • Por que escolheu Medicina como profissão?
    Por gostar de gente, cresci em um lugar muito distante onde éramos atendidos por médicos do Exército, queria fazer parte dessa equipe que cuidava desse povo tão carente.
  • Na sua opinião, o que uma pessoa precisa para se tornar um profissional de Medicina?
    É preciso gostar de estudar muito e gostar de gente. Certeza que assim a pessoa será um bom profissional.
  • Qual a sua formação e onde formou-se, Dra?
    Me graduei em dermatologia clínica e cirúrgica em Porto Alegre em 2008 e Medicina Estética em Curitiba em 2010.
  • Por que escolheu esta especialidade?
    Primeiramente porque gosto muito e tive experiências no Amazonas, onde tive que me dedicar muito ao estudo da pele, pois os colegas enviavam todos os casos diretamente a mim, já que não haviam especialistas. Trabalhávamos por afinidade e assim fui me apaixonando pela especialidade.
  • Alguma história curiosa, interessante na sua carreira, Dra?
    Teve uma situação que aconteceu quando ainda estava no Amazonas. Como sabemos, é um estado muito precário quanto a profissionais especializados. Portanto, assumíamos grandes responsabilidades e comigo não foi diferente. Lembro de uma vez que eu estava de plantão quando chegou uma grávida de 40 semanas, hipertensa sem tratamento médico, sem pré- natal. Ela estava em trabalho de parto. Fizemos todos os procedimentos necessários para evitar uma cesariana, mas tivemos que optar por ela, porém não havia anestésico. Aí começou o estresse. O marido dela estava nervoso, quebrando tudo, o diretor do hospital sem fazer nada, encaminhar para Manaus era impossível, pois dependíamos de voos, até que um anjo apareceu e me disse: doutora eu tenho duas ampolas de anestésico em casa. Então tudo foi resolvido, entrei com uma enfermeira de ‘tirar o chapéu’, que me ajudou na cirurgia, já que não tínhamos anestesista nem cirurgiões. Nesse dia, pelo tamanho do estresse, decidi que faria minha contribuição à sociedade de uma forma mais tranquila. E aqui estou, cuidando da pele de meus pacientes.
  • Onde trabalhou e trabalha atualmente?
    Trabalhei em diversas cidades do Brasil, tive a oportunidade de trabalhar em lugares ótimos e lugares precários e algumas aventuras pelos rios amazonenses, atendendo ribeirinhas e índios.
    Meus últimos anos trabalhei em Balneário Camboriú (SC) e Paranaguá, litoral paranaense. Hoje atendo no CRE e no particular aqui em Beltrão. Me mudei há três anos por conta de meu marido que já residia aqui.
  • Quais suas expectativas dentro da AMP?
    É um prazer participar da Associação, já que é uma forma de nos integrar à sociedade, conhecer nossos colegas, nos ajudarmos, aprendendo com palestras. É também uma forma de nos socializarmos entre os colegas.
“Acredito que é muito gratificante curar e aliviar o sofrimento alheio. Através da Medicina temos essa oportunidade diariamente”. Crédito: arquivo pessoal.
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